Comecei a ler este livro por curiosidade. Tanto se falou dele que tinha de verificar o porquê de tanto falatório. Muitas mulheres disseram que este livro mudou a vida delas (?) e eu, logo no início não gostei dos personagens nem das suas caracteristicas. A escrita também não é nada de extraordinário. Demasiado simples para não dizer básica. A história em si é pouco interessante apesar dos pormenores sempre presentes de cenas de sexo. Mas, apesar de pouco motivada, li o livro até ao fim sempre à espera do climax. Mas, clímax, só mesmo o da personagem Ana.
Apesar de ter lido muitas criticas em relação ao livro, não pude deixar de o comprar para puder formalizar a minha opinião por isso, vou ali ler um bocadinho... pelo menos até às 24 horas (hora de saída do trabalho).
Parece que aos poucos e em parte, começo a voltar a ser e a ter tempo e vontade de fazer algumas das coisas que fazia antes de ser mãe. Ando com uma vontade enorme de ler um livro que não seja " O Patinho Feio", Os Três Porquinhos" ou "O Capuchinho Vermelho". E já que só se ouve falar deste, eu quero comprovar se é mesmo assim... viciante!
O Beijo
"(...) Estavam entrelaçadas, as duas mulheres, como se fossem serpentes, um padrão celta de coxas, e colunas, e pescoços e cabelos rastejantes vermelhos e pretos. Os seus corpos entraçavam-se como o ornamento de um vestido de seda. Entretecidas como urdidura e trama. Ambas se riam quando paravam a curtos intervalos para deixarem que Gustav fizesse um esboço. Beliscavam-se, e davam palmadas uma à outra, e lambiam-se. Riam-se. As sombras nos seus corpos eram como manchas à luz amarela. Observei as sombras a moverem-se. Era algo de belo, aquele jogo de sombras. Não sei quanto tempo ali estive. O suficiente para que parasse de nevar, e o sol trespassasse dolorosamente as nuvens intensificando as sombras e iluminando a mulher de cabelos alaranjados como um poente. (...)"
ISBN: 9789724617909
"O vento agarra-nos com um propósito bem definido em mente e abana-nos. O vento sabe tudo o que escondes dentro de ti. E não é só o vento.(...) Todos eles, todos os elementos nos conhecem muito bem. De trás para a frente e da frente para trás.(...) A única coisa a fazer é deixarmo-nos ir. Absorver todas essas coisas é fazê-las nossas. Só então poderemos sobreviver e ganhar profundidade."
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