Podia ser o filme da minha vida ou de tantas outras pessoas. Podia ser a história do primeiro amor de muita gente. Independentemente deste filme falar do amor entre duas mulheres, mais do que isso, ele fala do primeiro Amor. Da importância e do peso que ele tem na nossa vida e na forma como nos construimos e crescemos face a tudo o que ele envolve. A primeira vez que dois corpos dançam extasiados pelo prazer e embriagados do cheiro de quem se ama, do toque de quem se ama, do olhar de quem se ama... jamais se esquece. Sentir a primeira vez o amor, por muito imaturo que ainda se seja, é um marco na vida. A descoberta dos sentidos, do corpo e do prazer pela primeira vez, é um turbilhão na vida de um(a) adolescente. E, a meu ver, nunca será igual a outro! Não será melhor nem pior... simplesmente diferente. A primeira vez que se ama, e se descobre o caminho para lá chegar, também se descobre a dor. Dois sentimentos tão fortes lado a lado que nos atiram para a primeira constatação do efémero. O primeiro amor quase sempre acaba numa dor jamais sentida de igual forma. Também não quer dizer que seja maior ou menor... simplesmente diferente. E a verdade mais bonita desta história é que, mais do que a descoberta, mais do que a perda, o caminho continua. Nunca mais somos os mesmos. Nem melhores, nem piores... simplesmente diferentes.
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