10 mandamentos para o amor dos pais:
- É urgente que os pais se deixem surpreender pela parentalidade. É precioso que se informem, claro, mas é indispensável que percam o medo dos seus erros (sem os quais nunca passarão da intenção de serem pais à parentalidade).
- É urgente que os pais escutem as crianças mas que decidam por elas. É urgente que opinem mas que não vacilem quando se trata de as obrigar a ser autónomas. Pais presos na sua própria infância não são pais: são crianças à procura de colo. Não educam nem são educáveis. Replicam os erros e os enredos que os atormentaram toda a vida.
- É urgente que os pais admirem os filhos - o seu engenho, o lado afoito que eles têm (que se renova, todos os dias) e a sua mais versátil manhosice - mas que não percam de vista que só a sabedoria dos pais os legitima para amar (e que a ela nunca se chega sem dúvidas, sem dilemas entre gestos de sentido contrário e sem contradições).
- É urgente que os pais olhem nos olhos, sempre que falam com a voz e com as mãos, ao mesmo tempo. E que chorem, sempre que lhes apeteça, e que resinguem e se lamuriem, que façam uma ou outra birra e, sempre que querem mimo, que intimem (sem mais explicações) um filho a dá-lo.
- É urgente que os pais deem colo todos os dias. E que falem todos os dias. E que abracem e beijem todos os dias. Que se sentem no chão, inventem uma historieta e contem graçolas todos os dias.
- É urgente que os pais, quando não têm nada para falar, não perguntem como correu a escola. E que sempre que não gostam dum desenho não digam que ele é lindíssimo. E que - pelo seu nariz, que seja - quando sentem que uma criança está mais ou menos tristes, estão impedidos de fazer outra coisa que não seja apertá-la (caladinhos!) com muita força, 10 minutos.
- É urgente que os pais sejam tão reivindicativos como pais como eram como filhos - e que, apesar disso, sejam eles a Lei - e que exijam que as crianças participem, todos os dias, nos trabalhos da casa (sem os quais as crianças vão de principezinhos a pequenos ditadores).
- É urgente que os pais não estejam de acordo, entre si, em relação seja ao que for que represente mais um problema que um filho lhes coloque. Os conflitos dos pais são os melhores amigos de todas as crianças porque é com eles que os pais soltam a intuição e as convicções e deixem cair tudo aquilo que, parecendo compenetrado, não tem nem entusiasmo, nem alma, nem magia.
- É urgente que os pais falem sobre os filhos: que desabafem sobre os seus medos e compartilhem as suas dúvidas mais ridículas. E que percam a vergonha de falar das habilidades das crianças e de como se sentiram no céu ao serem lambuzados com um beijo. E que deixem de trazer, como se fosse por esquecimento, todas as fotografias que bem entendam dos seus filhos, sobretudo aquelas que mais os embaracem ou que mais os comovam.
- É urgente que os pais reconheçam que jamais deixam de ser filhos e de ser pais. E que se não tiverem tido, vários dias, em que resmunguem contra os filhos e se desapontem com eles é porque os estão a educar à margem da sensibilidade e da fantasia, do afeto e da sabedoria. E, se for assim, estão condenados a ler estes 10 mandamentos outra vez.
Escrito por Eduardo Sá e retirado daqui
Ontem lavei roupa e choveu. Agora está sol e a mesma está dentro de casa a mofar. Arre!
Os meu pais sempre me incutiram valores importantes que até hoje carrego comigo. Mas, erradamente ou não, também sempre me disseram que às vezes temos de engolir alguns sapinhos. Durante muito tempo engoli sapinhos, sapos, até sapões mas, confesso, já não há pachorra. Muitas das vezes não dizemos (educadamente) o que temos de dizer, não expomos o nosso ponto de vista, não reenvidicamos coisas a que temos direito por medo. Seja por medo de perder o emprego, medo de ferir susceptibilidades, medo que nos olhem de outra maneira... Quando estiver bem velhinha, sem trabalho, sabe-se lá se com direito a reforma ou não, sabe-se lá se com casa paga ou não, se com saúde ou não, se com dinheiro ou não, ninguém vai querer saber dos sapos, dos sapinhos e dos sapões que engoli, de que sempre cheguei a horas ao trabalho, que sempre cumpri com responsabilidade os meus deveres e obrigações, que sempre fui justa e imparcial, que nunca passei por cima de ninguém mesmo quando aliciada, que nunca faltei ao respeito aos meus colegas nem superiores hierárquicos por isso, cansei-me de engolir sapos, sapinhos e sapões. Acima de tudo a dignidade. Cansei-me. Cansei-me de pessoas que se acham superiores porque acupam cargos de responsabilidade sem a assumirem como deveriam assumir não justificando os ordenados que têm. Cansei-me de pessoas que julgam que ter um curso superior lhes dá o direito de falar e tratar os outros (independentemente das habilitações) a seu belo prazer. Cansei-me de pessoas frustradas, azedas, invejosas, que não sabem falar nem escrever e sem humildade. Cansei-me de pessoas que só olham para o próprio umbigo quando as funções que exercem exigem que trabalhem em equipa. Cansei-me de pessoas más, mentirosas, desleais. E dessas, garanto, não vou engolir nem mais um sapinho.... mesmo que seja muuuuuuuuito pequenino.
Está um temporal! Nem sei como cheguei ao trabalho. Quer dizer. Saber sei. O carro veio o caminho todo a "dançar" e só de ter atravessado a estrada fiquei toda despenteada e molhada. Parece que vim de bicicleta. Há quem diga que custa mais trabalhar ao fim-de-semana quando está bom tempo. Digam o que disserem, para mim é sempre uma boa merda... faça chuva ou faça sol. Ah... até estou com medo de sair do edficio para ir para casa. Se calhar fico aqui já para amanhã... faca chuva ou faça sol vou ter mesmo de vir.
No meu aniversário, um jantar só de mulheres. As minhas mulheres. Amigas e primas que eu gosto e que fazem parte da minha vida. Umas mais presentes que outras fisicamente mas todas são parte de mim. Um jantar só de mulheres, sem homens e sem filhos. E sabe tão bem, de vez em quando, ir jantar sem estar constantemente a interromper a refeição para andar atrás de baby ou terminar a refeição com a sensação de não mais voltar só pelo o estado em que ficou a mesa. Adorei. Soube muito bem. E amei os presentes todos.
... dias de céu azul; brincadeiras com o David; dos meus amigos; jantaradas; cinema; teatro; beijos; abraços; praia; férias; fins-de-semana fora; gargalhadas; conversas boas; livros; filmes; música; passeios no parque; gomas; gelados; copos com os amigos; desenhos; noites de amor; bebés; pipocas; noites de lua cheia
Estou a trabalhar. Sozinha. Numa empresa enorme. Das 9 às 18 horas. A noite de ontem, também por esta razão, foi calma. Apesar da excitação dos miúdos (não sei como eles aguentam) nós, adultos, estavamos de rastos a contar os minutos para que eles caissem cansados mas... nada. O david só adormeceu quando o colocámos na cadeira do carro para irmos para casa. Eramos quatro casais e quatro crianças: o Rodrigo com 3 anos, a Maria com 27 meses, a Leonor com 22 meses e o nosso David com 19 meses)... e eles comportaram-se lindamente.
O blog do David
Blogs que leio