... como uma laranja esquecida pelo tempo, já sem cor (de laranja), seca, sem sumo, errugada e a ser consumida pelo verde pálido e o branco empoeirado do bolor.
O Beijo
"(...) Estavam entrelaçadas, as duas mulheres, como se fossem serpentes, um padrão celta de coxas, e colunas, e pescoços e cabelos rastejantes vermelhos e pretos. Os seus corpos entraçavam-se como o ornamento de um vestido de seda. Entretecidas como urdidura e trama. Ambas se riam quando paravam a curtos intervalos para deixarem que Gustav fizesse um esboço. Beliscavam-se, e davam palmadas uma à outra, e lambiam-se. Riam-se. As sombras nos seus corpos eram como manchas à luz amarela. Observei as sombras a moverem-se. Era algo de belo, aquele jogo de sombras. Não sei quanto tempo ali estive. O suficiente para que parasse de nevar, e o sol trespassasse dolorosamente as nuvens intensificando as sombras e iluminando a mulher de cabelos alaranjados como um poente. (...)"
Já estou arrependida de ter dito que ia fazer caracois.
Começo a afeiçoar-me a eles... à medida que os pequenos "vão saindo da casca"!!!
ISBN: 9789724617909
"O vento agarra-nos com um propósito bem definido em mente e abana-nos. O vento sabe tudo o que escondes dentro de ti. E não é só o vento.(...) Todos eles, todos os elementos nos conhecem muito bem. De trás para a frente e da frente para trás.(...) A única coisa a fazer é deixarmo-nos ir. Absorver todas essas coisas é fazê-las nossas. Só então poderemos sobreviver e ganhar profundidade."
O blog do David
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