São as amigas chegadas, as amigas afastadas (em kilómetros), as amigas das amigas, as colegas e ex-colegas de trabalho, as mulheres da família... é bébés a nascerem como coentros em qualquer bocado de terra. Já dá para fazer um álbum de fotografias só de "sobrinhos" e "sobrinhas"!!! E eu que sempre detestei a expressão "ficar para tia"...
Infelizmente ou felizmente (umas vezes felizmente outras nem por isso)... sempre me foi mais fácil exprimir pela escrita do que verbalmente. Não sei bem porquê e não é relevante descobrir a razão... (julgo eu). Já perdi grandes oportunidades de amor porque não cheguei perto daquela pessoa e disse "amo-te", "quero-te", "fica comigo"; já perdi grandes oportunidades de mandar à merda gente que não valia nem a saliva gasta numa frase tão pequena como "vai à merda". Já engoli sapos maiores que os meu míseros metro e sessenta só porque sim. E de todas as vezes que tentei chegar a alguém pela escrita... não vale a pena... cada coisa que se escreve pode ter mil interpretações para quem lê. É f***** esta coisa das palavras que ao invés de aproximar afasta, que ao invés de nos dar a conhecer deturpa-nos, que ao invés de fazer rir é sarcástica... Conclusão, quem lê este blog e não me conhece... está muuuuuuuito longe de quem eu sou!!!
... nem sempre se vê, nem sempre se quer ver, quase nunca se percebe à primeira, nem á segunda, nem num dia, nem num mês... O lado bom precisa de tempo, de espaço, de coração aberto, de perdão, de estrada para surgir. O lado bom da vida pode ser qualquer coisa, por mais pequena que seja. O lado bom é conseguir sorrir depois das lágrimas; é voltar a amar quando se acha que se vai ficar só para a vida toda; é fazer um amigo quando já se perderam tantos; é fazer alguém feliz quando achamos que já não temos mais nada para dar; receber um telefonema ou um e-mail de alguém que já não temos notícias faz tempo... O lado bom... nem sempre se vê, nem sempre se quer ver, quase nunca se percebe à primeira, nem á segunda, nem num dia, nem num mês... mas ele existe!!!
Jamais haverão, em qualquer outro lugar, manhãs iguais aquelas... nem fins-de-tarde... nem noites... em que o silêncio é mais forte que a própria alma, em que os pensamentos se ouvem, em que o sítio deixa de ter nome e passar a ser o nosso lugar.
É a minha paixão secreta! Antes, durante cinco anos e para sempre... porque ontem passei por lá depois de não a ver já vão para lá de dois anos e tal e... encontrei a mesma Sintra. De nevoeiro cerrado e de turistas a passearem-se, de cheiro a serra e mar e travesseiros. De poetas e de pintores. Onde tudo permance vivo tal qual raizes de árvores centenárias. Tão vivo que se sente, tão vivo que se ouve, tão vivo que se cheira, tão vivo que faz sorrir, tão vivo que faz chorar.
Jamais haverão, em qualquer outro lugar, manhãs iguais aquelas... nem fins-de-tarde... nem noites...
O blog do David
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