Quando, pela primeira vez na vida, perguntamos (na passagem da inocência para a fase adulta) a quem nos está mais próximo, porque nos magoam as pessoas, porque existem guerras, porque se fica triste, porque terminam relações, porque se vão amizades, porque nem sempre somos reconhecidos e valorizados, porque discutem as pessoas e, nos respondem, que a culpa é nossa e só nossa porque, não fazemos a diferença, porque não sorrimos para a vida e não somos optimistas, porque não tentámos de tudo, porque não fomos o suficientemente egoistas, porque não fomos os suficientemente sinceros, porque não cedemos o suficente, porque não abdicamos o suficiente, porque "recebemos apenas o que damos" e só "temos o que merecemos"... perdemos a fé nos outros e refugiamo-nos na nossa solidão.
Culpa
(do Lat. culpa)
s. f., acção repreensível praticada contra a moral ou a lei;falta;pecado;delito;ofensa;responsabilidade;causa, origem.
"Quando nos retiram na infância aquilo a que temos direito, nunca nos contentaremos com o que quer que seja que consigamos em adultos."
Retirado daqui
... dos meus dilemas de vida professional e sentimental, há sempre alguém que me lembra que existem pessoas com dilemas muito maiores. E, por incrivel que pareça, eu não me consigo sentir melhor... não sei se por egoísmo meu ou compaixão a mais por essas pessoas.
... o dia não podia correr pior, e quando já estava e entrar em estado de stress crescente, e quando já não sabia se havia de chorar, mandar alguém para o c****** ou rir desta desorganização... ficámos sem sistema informático e sem poder receber nem efectuar chamadas. É nestas alturas que a minha fé volta e eu consigo acreditar que existe um ser superior que me reserva sempre uns minutos de felicidade quando já tudo parece perdido.
Caramel
Mentira
(do Lat. mentita, sob o influxo de mentir?)
Não se ama (a) mais nem (a) menos alguém . Ama-se sempre de maneira diferente porque, as experiências vividas anteriormente, nos ensinam a lidar de outra(s) maneira(s) e com outra perspectiva o amor presente ou seguinte. O pior de uma relação? O deixar de aprender coisas um com o outro, o deixar de crescer um com o outro e passar a ver a vida sempre da mesma perspectiva.
... cruzamo-nos na rua com alguém que já não vimos há anos e hesitamos em chamar pelo nome com receio de não ser quem estamos a pensar. E não é que era mesmo? E assim se deixa escapar um abraço!!!
Se não me tivessem dito eu nem me lembraria. Se não me tivessem dito eu nem me lembraria porque também não apontei na minha agenda como faço nos primeiros dias do ano. Porque há dias que queremos lembrar, porque há dias que naturalmente não esquecemos e pesoas que naturalmente não nos deixam esquecer dias. Porque apesar de haver um dia de aniversário, para não o esquecermos, foi e é preciso existirem tantos outros dias, tantas outras horas de partilha, de sorrisos e lágrimas, de cumplicidade, de carinho, de troca, de fotos, de lugares, de músicas, de cheiros, de gestos. Não basta ter o título de mãe, pai, irmão, avó ou amigo... todas as relações têm de ser feitas de amor. E o amor é como uma planta, precisa de água, de sol, de atenção... caso contrário... morre. Não basta ter o título de mãe, pai, irmão, avó ou amigo... para nos lembrarmos do aniversário de alguém... é preciso um dia ter havido amor!
... se espera? Até que ponto a espera não é um simples adiar da verdade mais óbvia e que não se quer ver? Até que ponto a espera não é apenas um adiar de uma conversa que não se quer ter? Até que ponto a espera não é o prolongar de um sonho que quanto mais se espera mais se enche, mais se alimenta, mais se deseja por ainda não se ter agarrado? Até que ponto a espera é justa... para quem espera? Até que ponto a espera não é egoísta por parte de quem nos faz esperar? Até que ponto a espera é verdadeira? Até que ponto a espera não é capricho e orgulho e espera-se só porque sim? Até que ponto é fingida só porque se deixou de esperar? E quanto pesa a espera? Mais de um mês é razoável? Mais de uma ano é muito e mais de dois anos é loucura? Mais de dois anos é Paixão? Mais de dois anos é amor? Até que ponto é sinónimo de muito só porque se espera? Até que ponto não é maquiavélica porque nos faz acreditar que quem espera sempre alcança? Até que ponto faz sentido adiar o coração sem data de término? Até que ponto é justo reter o coração numa sala de espera sem senha de vez? Até que ponto se espera? O que se deve receber para garantir a espera? E se não nos é dado nada... espera-se na mesma? E será a paciência um dom? A espera é sempre dolorosa seja qual for o sentimento que a move(?) ou a faz ficar sentada à espera... e a vida, pode durar anos ou segundos a partir do momento em que se decide ficar à espera. Mas será inevitável não esperar sempre qualquer coisa ou alguém mas... Até que ponto se espera?
Que durante a semana estão dias como o deu hoje, de Primavera, de sol e céu azul e, chega o fim-de-semana... é o que se viu... nuvens e mais nuvens e com direito a chuva... Dá para mudar as folgas consoante o boletim metereológico dá?
... resolvi pintar as unhas de uma cor diferente... verde. E apesar de, à primeira vista, parecer um dragãozinho ou uma bruxinha, não se justicava os olhares furiosos das pessoas nos transportes públicos nem os murmúrios que me soaram a pragas. Mas já está explicado. Entretanto percebi. O Sporting jogou ontem e perdeu (hihihihihihihih)... e eu de verde!!!
Toca o despertador. Levanto-me. Tomo duche. Lavo os dentes. Penteio-me. Perfumo-me. Pinto-me. Visto-me. Calço-me. Botas? Sapatos? Como qualquer coisa. Desço para apanhar o autocarro Trafaria - Costa da Caparica. Afinal chove. Volto a casa. Calço as botas. Desço. Perco o autocarro. Esqueço-me do chapéu de chuva. Vou a pé até à Costa da Caparica. Apanho uma molha. Bebo um café a correr e fumo um cigarro. Apanho o autocarro Costa da Caparica - Areeiro. Não há lugares para me sentar. Vou em pé. Travagem aqui. Travagem acolá. Eu pareço um saco de batatas de um lado para o outro. Saio no Campo Pequeno. Apanho o metro do Campo Pequeno para o Marquês de Pombal. O passe que não dá. E mais uma vez não dá. Uma fila atrás de mim. À terceira é de vez. E dentro do metro uma amasso aqui. Um amasso acolá. Chego à estação de metro do Marquês de Pombal. O passe que não dá. E mais uma vez não dá. Uma fila atrás de mim. À terceira é de vez. Chego ao Trabalho. Fumo um cigarro antes de subir. Entro. Chamadas e mais chamadas. Pausa para um cigarro. Chamadas e mais chamadas. Pausa para o almoço. Almoço sozinha. Falo ao telemóvel com uma ou duas amigas. Café e cigarro. Subo novamente para o trabalho. Chamadas e mais chamadas. Pausa para um cigarro. 19 horas. Saio. Faço tempo enquanto espero por uma amiga para um café. Café. Conversa. Último autocarro para a Costa da Caparica às 22 horas. Autocarro fantasma. Travagem aqui. Travagem acolá. Chego à Costa da Caparica. Mais 20 minutos à espera do autocarro Costa da Caparica - Trafaria. Chego a casa às 23 horas. Como qualquer coisa. Lavo os dentes. Tiro as pinturas. Coloco o despertador. E num àpice adormeço. Toca o despertador...
... que vir alguém empurrar uma porta que tem colada uma folha A4 a dizer puxe... eu vou correr atrás dessa pessoa e gritar-lhe aos ouvidos enquanto aponto para a porta:
"- Bolas... não sabe ler? Está escrito PUXE... PUXE... entendido?
(isto acontece várias vezes ao dia na entrada do edificio onde trabalho... e às vezes são as mesmas pessoas... isto dá-me nervoso miudinho... ai se dá)
Podemos ter tido muitos homens na vida, podemos ter amado muitos deles, podemos ter vivido momentos que não viveremos com mais ninguém e outros que iremos viver sem que ninguém os tenha vivido conosco anteriormente. Podemos passar pelos mesmos lugares onde já fomos felizes e sermos ainda mais felizes ou nem por isso. Podemos beber o mesmo vinho à mesma hora e no mesmo copo que o sabor não será o mesmo. Podemos dançar as mesmas canções que dançamos e o bater do coração ser diferente. Podemos ontem ter desejado algo que hoje não faz sentido só porque o vivemos ou simplesmente porque não faz sentido, e haver coisas que hojem fazem sentido que ontem não faziam. Podemos até nunca ter passado do patamar do puramente "físico", do puramente "platónico", do puramente "colorido" e, noutros casos, termos vivido o que na altura achamos ser o maior amor de todos. Mas, o maior amor de todos é sempre... o último, tem de ser o último, o que se está a viver, o presente, o que deu origem às saudades de ontem, às saudades de há minutos e segundos atrás, o responsável pelo último beijo, pelo último abraço.
Podemos ter tido muitos homens na vida, podemos ter amado muitos deles mas... o (tal) AMOR, é sempre o último... tem de ser o último!
... o sal no corpo, a areia nos pés, o sol, os fins-de tarde numa esplanada, as noites quentes, os mergulhos, as toalhas de praia, as camisolas de manga curta, manga cava e de alças, os calcões, as saias curtas e os vestidos, os tecidos finos e leves, os chinelos e as sandálias, os verdes, os amarelos e os brancos, os biquinis, os ombros à mostra, o bronze, os petiscos, as saladas de polvo e os caracois, as festas de aldeia, as férias...
Há gente que não me diz nada... que não significa nada para mim… absolutamente nada… que me é completamente indiferente, que ter passado pela minha vida foi como se tivesse passado por mim na rua e... há gente que me diz muito... mais até do que poderia ou deveria dizer... sem o saberem, sem sequer perceberem!!!
O blog do David
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