… de dias e de noites, de sorrisos e de lágrimas, de paixão e de amor, de saudade e de indiferença, de gente e de solidão, de emoções e de racional, de água e de vinho, de compreenção e de revolta, de preto e de colorido, de esperança e de desmotivação, de garra e sem forças... tudo isto em doses extremas... sou assim... oito ou oitenta. Assustador?
Foi-me lançado o desafio de escrever sobre o título acima mencionado e, desde já, tenho de dizer que não concordo. Não concordo hoje, não concordo nesta fase da minha vida, não concordo depois do que já vivi, do que desejei, do que desprezei (se é que posso dizer que desprezei algo ou alguém na minha vida). Posso sim (porque não sou perfeita, porque não nasci ensinada, porque sempre tive mau feitio, porque já fui muito mais rebelde) dizer que houve coisas que não aproveitei a 100%, que não as saborei como poderia ter saboreado, que não valorizei com a maturidade e a experiência suficiente.
O que já é mais que sabido é que, o ser humano nunca está contente com o que tem, quer sempre mais e melhor mas... também é válido e legítimo pensar-se assim... quando não envolve os outros. Houve tempos em que desejei ter um emprego e um ordenado melhor, uma casa maior, umas calças melhores, uns sapatos mais caros... sem conseguir ver que o que tinha no momento não era assim tão mau.
No amor NUNCA... nunca achei que a pessoa que estava ao meu lado era POUCO. Nunca desejei outra pessoa enquanto o amor esteve presente... Nunca me senti, se quer, atraida por outro homem enquanto estive apaixonada e amava a pessoa com quem estava. Será que “desprezamos” o que temos ou simplesmente já não desejamos o que temos porque já não amamos?
Concerteza haverá gente para tudo... haverá gente que “despreza” o que tem por capricho, por egoísmo, por imaturidade, por impulsividade, por falta de “picante” na vida e... há os que “desprezam” o que têm porque, já não amam, porque cresceram, porque mudaram, porque o caminho é outro e porque já não pode ser feito de mãos dadas com a pessoa presente, porque os objectivos, os sonhos e os projectos já não são comuns... a isso não chamo “desprezar” o que se tem... chamo coragem e não-conformismo.
Quanto ao facto de desejarmos o que já não temos, o que desprezamos de livre e espontanea vontade... isso para mim são merdas... arrependimentos só se dão quando as atitudes e os actos tomados foram por puro egoísmo... quando não foram pensados, quando não foram ponderados.
É natural sentir saudades do que tivemos, do que vivemos... do bom.... até porque, de fora, é tão fácil esquecer o mau, esquecer o que nos levou a tomar a decisão consciente de “desprezar” o que tinhamos. Como me disse uma pessoa especial:
“- É sempre mais fácil e cómodo voltar atrás / ao passado, do que seguir em frente e enfrentar os novos desafios!”
p.s.: Desafio lançado por "Um pouco de..."
Já há muito tempo que não estava com tanta mulherzinha desta junta... É que uma ou duas ainda se suporta... mais que duas... já é dose... E é nestas alturas que eu tenho vergonha (mas que passo a entender e a desculpar alguns homens) de ser mulher.
.. entre ficar em casa a ver a Praça da Alegria e as Tardes da Júlia e vir trabalhar... prefiro a segunda hipótese... sempre tenho alguém com quem implicar e, com sorte, para a próxima semana teremos que fechar porque a equipa estará toda doente.
... comemorei mais um aniversário... o que me vale é que, ainda ninguém me dá 29 aninhos.... que bom, que bom!!!
"(...)Quando se gosta de alguém – mas a sério, que é disto que falamos – não há nada mais importante do que essa outra pessoa. E sendo assim, não há sms que não se receba porque possivelmente não vimos, porque se calhar estava a passar num sítio sem rede, porque a minha amiga não me deu o recado, porque não percebi que querias estar comigo, porque recebi as flores mas pensava não serem para mim, porque não estava em casa quando tocaste.
Quando se gosta de alguém temos sempre rede, nunca falha a bateria, nunca nada nos impede de nos vermos e nem de nos encontrarmos no meio de uma multidão de gente. Quando se gosta de alguém não respondemos a uma mensagem só no final do dia, não temos acidentes de carro, nem nunca os nossos pais se sentiram mal a ponto de nos impossibilitarem o nosso encontro. Quando se gosta de alguém, ouvimos sempre o telefone, a campaínha da porta, lemos sempre a mensagem que nos deixaram no vidro embaciado do carro desse Inverno rigoroso. Quando se gosta de alguém – e estou a escrever para os que gostam - vamos para o local do acidente com a carta amigável, vamos ter com ela ao corredor do hospital ver como estão os pais, chamamos os bombeiros para abrirem a porta, mas nada, nada nos impede de estar juntos, porque nada nem ninguém é mais importante, do que nós."
(Li, gostei e retirei daqui)
... o meu café matinal acompanhado do meu cigarro passa a ter lugar ali em baixo... ao virar da esquina, na esplanada da Pastelaria "A Irlandesa"... quer chova quer faça sol ;)
... beijo, aquela viagem, aquela noite, aquele dia, aquele presente, aquele mar, aquela serra, aquela flor, aquela árvore, aquele abraço, aquele olhar, aquele respirar, aquele segredo, aquele sorriso, aquele corpo, aquela música, aquele quadro, aquele grito, aquela palavra, aquele gesto, aquela lareira, aquele livro, aquele cão, aquele gato, aquele vinho, aquele fumo, aquela dança, aquele jantar, aquela troca, aquela casa, aquele brinquedo, aquele choro... É (tudo) o que me tem mantido aqui!!!
... em mudanças para casa dos meus pais... num reviver de discuções familiares. O meu espaço reduzido a um quarto e as minhas coisas condensadas em 5 metros quadrados. Uma cama que já não conhecia faz mais de 5 anos. Um lugar que nada me diz. Transportes públicos da Costa da Caparica para Lisboa e no primeiro dia, um temporal que me ficou com o chapéu de chuva a meio do caminho... mais molhada do que quando saí do banho. Uma fila enorme para a compra do passe com gente a discutir porque se deu prioridade a uma senhora com uma criança ao colo... Farta destas pequeninas coisas de merda, que as pessoas teimam em se agarrar, tudo por um lugar na fila, um lugar no autocarro, um chapéu de chuva... merda... só merda... coisas que fazem a diferença num dia em que so queria que estivesse uma manhã de sol, ter alguém para partilhar o pequeno almoço e dar-me um sorriso de manhã...
O blog do David
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