E não há decisão nenhuma que se tome que não tenha as suas vantagens e as suas desvantagens. E não há nada mais dificil do que ponderar nos pratos da balança... saber se compensa ou não... decidir o caminho. Em tempos achava que QUALQUER esforço humano compensava e era suficiente para se ser feliz... mas houve alguém, algures, que me perguntou um dia:
“- E para quê tanto esforço?”
E realmente nem eu própria sei para quê tanto esforço...
... conseguimos (quase) tudo o que desejamos... mas (quase) nunca no tempo / espaço em que o desejamos? Porquê que, quando alcançamos o que desejamos, já não nos encontramos disponíveis e preparados?
The Gift - Fácil de Entender
As coisas tomam um valor incalculável quando sabemos que não as podemos ter sempre que as desejamos.
Ultimamente tudo me sabe a como se fosse a primeira vez.
... e eu acordada. Acordada por causa do café que bebi, por causa das coisas que não me saiem da cabeça mas, essencialmente... por tua causa.
Acendi a luz mais de 3 vezes, procurei respostas nas paredes vazias do meu quarto e nada. Conseguiste quase levar-me à loucura.
Depois de várias soluções improvisadas, decidi ignorar-te, deixar-te só, à deriva, não permitir mais que interferisses no meu sono... e procurei tentar adormecer no sofá da sala que, não tem nada de confortável.
Quantas vezes preciso de dizer que, apesar de tudo, prefiro continuar a dormir sozinha?
Procura outra morada, outro corpo para te deliciares porque caso ainda lá estejas em casa quando chegar... não me vais escapar... ai não vais não.
Pu** de melga!!!
Há dias assim...de dor enexplicável... em que a tristeza não tem fim... sem soluções para os problemas... sem respostas às inquietações...
Outros... de gargalhadas com os colegas... repletos de gestos simples e belos... cheios de mãos abertas para mim... eu aberta para o mundo...
Há noites assim... de solidão e silêncio... com livros que leio sem ler... ao som de músicas que me doiem... na companhia do fumo de um cigarro...
Outras... de paixão acesa... olhares e desejo... à luz das velas... com sabor a vinho tinto...
Há dias assim...
Há noites assim...
E eu não sei como vai ser amanhã...
... como que suspensa sobre as ondas do mar.
O meu corpo a baloiçar nas ondas do mar.
De lá para cá... de lá para cá...
No horizonte só o céu azul e como música de fundo o fundo do mar.
Não quero saber para onde vou...
Vou-me deixando levar... que hoje não há forças para lutar!
Quando me falaram dele critiquei. Disse até que seria como estar nua na internet. Depois, comecei a ouvir as pessoas a contarem que tinham encontrado o colega de escola que já não viam há anos, o ex-namorado que estava mais giro que no pasado... Fiquei curiosa, criei uma conta e aderi ao Hi5.
Realmente encontrei pessoas que já não via há muito tempo, ou melhor dizendo, encontrei as suas fotos, li os seus perfis, troquei mensagens, vasculhei os amigos desses amigos... porque, na verdade, continuo a não estar com eles.
Mas pensando bem, talvez não esteja a usufruir de todas as vantagens que, o acesso ao Hi5, permite. Sim, poderia usufruir muito mais, dedicar-me muito mais, atirar-me de cabeça nesse mundo da tecnologia e buscar o amor da minha vida, a minha alma gémea, ou simplesmente arriscar conhecer um tipo só pelo o que consta no seu Hi5. Foi o que fez o João (?), enviou uma mensagem com o seguinte texto:
"haa! bem, na verdade não sei bem o que dizer...
a tua amiga , minha amiga, nossa amiga susana resolveu apresentar-te através do teu hi5, fantastico estas coisas da tecnologia, até porque n tens hipotese de dizer não...
devo tambem confessar que fique de imediato apaixonado! mas n sei porque... de um modo geral, acho que por tudo e por nada.
fica o beijo."
Não vou comentar a fotos do João nem o seu perfil, não vou dizer que a Susana não é minha amiga porque eu nunca duvidei disso. Só posso dizer que este rapaz é um corajoso, um confiante, um destemido, um arrojado... Parabéns João... eu seria incapaz, garanto-te. Nem que fosse pelo receio de não obter uma resposta do outro lado... que é o que vai acontecer.
Quem sabe não nos encontraremos um dia... sem ser pelo Hi5... aí já será outra coisa... já será mais à minha maneira... porque isto do Hi5... não me excita... não me excita mesmo.
... em que não consigo manter activa a capacidade para acreditar que vou conseguir. Hoje é um desses dias.
Fiona Apple - Sleep to Dream
Tristeza
(do Lat. Tristitia)
s. f., qualidade ou estado de triste; consternação; dó; aspecto que revela mágoa ou aflição; melancolia; angústia.
... que pedi uma máquina fotográfica digital emprestada e que a mesma vinha sem qualquer imagem... limpinha, a zeros, tal como eu faria, tal como qualquer pessoa faria, por muito amigo que fosse.
Imaginem que utilizei a respectiva máquina e que, na minha ingenuidade (pode dizer-se: ligeira bebedeira), apaguei as fotos que me pertenciam sem ainda hoje entender como...
Imaginem que no meio do meu sufoco de tentar perceber como as havia apagado (ainda que meia tonta) e, numa tentativa de as recuperar, alguém diz que é possivel recuperar as ditas... que há um programa e tal que recupera fotos e tal... (bolas... estou sempre a aprender coisas...) e eu passei o cartão (a muito custo porque às tantas bateria ou cartão já eram a mesma coisa para mim) para a mão do “salvador” das minhas fotos.
Imaginem que para além das minhas fotos foram recuperadas as anteriores... as tais que foram apagadas para que a máquina me fosse emprestada, as tais que possivelmente não eram para eu ver.
Como devem calcular eu vi, como devem calcular não era para eu ver e... mais não digo!
...de dias assim, de céu azul; preciso da praia no Verão, no Inverno, em qualquer estação do ano; delicio-me com figos e diospiros; aprecio plantas em casa, árvores milenares, flores pequeninas e coloridas, o cheiro a terra molhada, sentir a chuva no rosto e o sol no corpo; procuro o silêncio; fascinam-me olhares profundos e que falam; tiram-me do sério os sorrisos e as gargalhadas com lágrimas; não resisto a abraços sinceros; derreto-me com mãos nas mãos; perco a cabeça com beijos apaixonados, roubados, molhados; não esqueço o sabor dos gelados do Santini’s e o cheiro dos bolos da minha mãe; refugio-me no CCB ao final da tarde; vou ao cinema sozinha e acompanhada; interesso-me por coisas antigas, com histórias para contar, adivinhar; reparo em sardas; seduz-me vinho tinto à luz das velas; perco a noção do tempo com conversas interessantes; aventuro-me em viagens por terras nunca faladas; vejo com prazer fotografias de infância; não resisto a castanhas assadas ou cozidas, azeitonas, queijo Brie, pão alentejano quente com manteiga, gomas e bacalhau (de qualquer maneira);...
Desejo
(do Lat. *desediu ou b. Lat. Desidiu)
s. m., aquilo que se deseja; apetite; cobiça; anseio; propósito; intuito.
... eu cedo... eu cedo novamente à minha droga... NICOTINA
Pois é meus caros, não está nada fácil viver sozinha e, como tal, pensei: E porque não arranjar mais um trabalhinho?
Nada que já não tivesse feito (com os meus 18 anos, é verdade; com a mãe a lavar e a passar a roupa, é verdade; com comida sempre no forno guardada para eu comer a que horas chegasse, é verdade), mas ninguém morre. Deixa-se de ter vida social, deixa-se de ter tempo para limpar a casa, para comer em casa, para estar com os amigos, para combinar cinema a meio da semana, para brincar aos namorados... mas o que é isso? Nada de especial não é mesmo? Quem é que precisa de vida social?
Mas como estou limitada pelo (pouco) tempo que tenho disponivel (isto já a contar com as horas que tenho de colocar de parte para dormir) isso também limita o tipo de trabalho a que poderei me dedicar de corpo e alma (?) durante mais quatro / cinco horas por dia, vinte / vinte e cinco horas por semana.
No Sábado às 21.30 ligaram-me de uma loja, na qual tinha deixado um dos CV’s, e perguntaram se eu ainda estava interessada no trabalho e se podia ir à entrevista no dia seguinte (Domingo) às 16 horas e eu perguntei:
- E para que horário?
Resposta:
- Não sei, pediram-me apenas para ligar para estes contactos. (leia-se esta frase com alguma falta de vontade por parte da funcionária e bastante arrogância no tom da voz)
Primeira imagem: simpatia e organização!!!
No domingo lá fui eu à respectiva entrevista.
Cheguei era 15.50 (sempre achei que é correcto chegar 5 / 10 minutos mais cedo), informei que vinha para uma entrevista e a resposta foi como uma bala:
- É mesmo às 16 tá?
Respirei fundo, pensei:
- Bolas... quem é esta badameca de mer** que responde mal e nem sabe falar?
Virei costas e contei minuto a minuto e, às 16h em ponto, lá estava eu (excusado será dizer que não foi mesmo às 16 horas tá?
Segunda imagem: Muuuuuuuuuita simpatia e muuuuuita organização!!!
Primeira informação da coordenadora foi que não tinha visto os nossos CV’s e por isso, pedia para falarmos um pouco de nós e da nossa experiência profissional.
Eu sei que para trabalhar numa loja (sem menosprezar o trabalho de uma loja) não devem ser necessários grandes requisitos mas... dizer que não se viu o CV da pessoa que se tem à frente...
Terceira imagem: Muuuuuuuuuuuita organização e muuuuuuuuuuuuuito profissionalismo!!!
E depois de uma breve história da minha pessoa... o resto foi ouvir a coordenadora da loja a dizer mal... da loja, das pessoas, do horário, do ordenado... de tudo o que ela podia dizer mal ela disse...
E pergunto eu... ao mundo... esta tipa queria gente a trabalhar ali? Queria? Não podia querer!
Azure Ray - Safe and Sound
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