Não acredito afincadamente na astrologia (apesar de algumas pessoas pensarem que sim) mas acho piada à explicação sobre os astros e as suas influências nas pessoas e, às coincidencias...
A Maiazinha disse, logo no início do mês de Junho, que este seria um mês que, “sentimentalmente, nem tudo correria de feição, que iriam surgir factores de instabilidade e vários conflitos inesperados” - pois imaginem o que é viver na mesma casa com a pessoa de quem nos vamos separar e com quem vivemos 5 anos. Dormir na mesma casa mas em camas diferentes e nem sempre saber como comunicar....
No campo profissional, a Maia avisou: “a conjuntura este mês é muito instável e delicada” – calculem vocês que eu, que não suporto falhar, no meu local trabalho todos os dias fiz “burrada da grossa”. Um exemplo? Um médico quase se despediu por minha causa... irra.
“Os rendimentos económicos estarão estáveis permitindo que viva o mês com alguma tranquilidade mas não espere mundos e fundos” – grande novidade que me deste Maizinha... se me dissesses que ia ganhar o Euromilhões é que era.
“Na saúde se puder aumente o contacto com a natureza preferindo sobretudo espaços verdes e zonas de fraca poluição” – mas ainda existem dessas zonas? Deveria ter solicitado umas férias no meio da natureza, alegando aos chefes que: “a Maia sugeriu”
“Ligações mais protegidas com: Gémeos, Balança e Aquário” – deveria ter tido isso em conta e ter andado pela rua a perguntar: - É Gémeos? É balança? É aquário?
Eu e o meu mano, no sábado passado, a caminho da casa de um amigo em Palmela que nos esperava para o almoço / churrasco:
Eu:
- Mas sabes o caminho para casa do Bruno?
Mano:
- Acho que sim... estive lá no ano passado.
Eu:
- No ano passado? Então tu nem te lembras do que comeste ontem? E julgas que já me esqueci daquela viagem a Porto Covo? Andámos feitos parvos à procura de uma placa que insististe que existia e nada... quase não nos deixavam entrar no Parque de Campismo devido às lindas horas a que chegámos...
Mano:
- A placa existe... nós fizemos foi o caminho errado...
Eu:
- Ok...
(passados alguns minutos...)
Mano:
- Estou a conhecer esta estrada.... agora ali à frente há uma estrada de terra batida...
(eu a ver uma série de estradas de terra batida e a ver que ia lanchar sardinhas)
Resumo da história (porque não me quero alongar nem transformar isso num livro), perdemo-nos e tivemos que fazer o caminho todo com o Bruno em alta voz no telemóvel (tipo GPS) a dizer “agora vais encontrar uma estrada assim do teu lado direito... depois do café viras à esquerda...”
Sim... lanchámos sardinhas
Há 5 anos que tenho na minha casa um aquário daqueles grandes com imensos peixes de água quente... não, não são meus... nunca tive peixes em casa dos meus pais e sempre ouvi dizer que atraiam inveja.
Mas o amor tem destas coisas... aceitei o aquário lá em casa como tantas outras coisas e...
- as pessoas que lá vão a casa acham lindo (podera... não são elas que limpam aquela merda nem que tiveram de mudar de casa 4 vezes com um aquário atrás que pesa quase tanto como um frigorífico);
- quando não se tem nada para fazer fica-se a olhar para os peixes e a fazer-se histórinhas (“olha... aquele anda atrás do grande... deve querer alguma coisa”);
- é sempre um objecto de decoração magnifico (quando limpo e tratado);
- não temos que levar os animais à rua para fazerem as suas necessidade.
Confesso... também não sou eu que limpo o aquário (amor amor... peixes à parte) e como me sentia tão à margem por não ter algo que podesse dizer: “é meu, é só meu, é todo meu”, resolvi comprar um peixinho de água fria.
Fui à loja de animais e escolhi um peixe vermelho simples.
Qual não é o meu espanto, quando vejo dentro saco dois peixes... o vermelho que havia escolhido e... um preto. Pego no saco, olho lá para dentro e digo: “Deve ter percebido mal... eu só vou levar um... estão aqui dois peixes.”
A senhora da loja explicou que, oferecer um peixe preto dava sorte a quem o compra e eu fui na conversa... trouxe dois peixes pelo preço de um.
Fiquei a pensar: “será verdade isto da sorte?”
Burra... sou mesmo burra...
Não sou “expert” de peixes mas já devia saber (pelos anos de convivencia com o dono do GRANDE AQUÁRIO) que isto dos peixes é realmente uma sorte quando não morrem e duram alguns meses... e sorte grande, é quando duram anos!
Há uma semana, cheguei a casa e vi qualquer coisa preta a flutuar no meu pequenino aquário.
Tentei chamar o “expert” em peixes, em mortes de peixes, aquários e redes e ele mandou-me para o car**** e disse: “É teu, é só teu e todo teu... até ao fim!”
Pensei: “Bolas... como tirar esta coisa dura, preta, que em tempos foi a minha sorte, deste aquário? E onde vou deitar a minha sorte ou falta de sorte? Na retrete? No caixote do lixo?”
Resumindo... fui obrigada a pegar numa daquelas redinhas, tirar o peixe duro do aquário e deitá-lo na retrete (sempre fico na ilusão que irá parar ao mar) e durante essse processo todo berrei como se tivesse uma aranha felpuda a subir-me pelo corpo todo, enquanto o dono do AQUÁRIO GRANDE ria ás gargalhadas da minha figura.
Sorte o tanas...
E se realmente dava sorte... deixou de dar!
Nesta fase da minha vida, muitas vezes disfarçada com sorrisos estóicos, mudanças de conversa sempre que se falava de algo mais sentimental, com lágrimas escondidas no wc, refugiada na companhia das pessoas que julgava não me conhecerem... pensei muitas vezes no pior e coloquei em causa muita coisa. Andei muitos dias sem esperança, sem ser capaz de ver lá longe, deixei de acreditar em mim, nos meus sonhos, nas pessoas, na familia, nos amigos, no amor... E quando deixamos de acreditar, de sonhar... morremos por dentro! Não sei se alguém percebeu (não querendo substimar a inteligência dos outros nem querendo sobrevalorizar a minha capacidade de disfarce) mas a verdade é que, percebi no meio de tantas perdas, o que havia conquistado!
Nestes tempos, quando tive vontade de chorar, tive sempre alguém que chorou comigo! Quando tive vontade de rir para esquecer, tive sempre alguém para rir comigo!
Quando tive vontade de estar só, tive sempre quem o respeitasse!
Quando tive vontade de desistir, tive sempre alguém que me lembrou do que eu havia conquistado.
Quando deixei de acreditar, houve sempre alguém que acreditou em mim!
A todas essas pessoas, o meu obrigado!
Aquelas que conheço há pouco, aquelas que conheço há muito, aqueles que não conheço e me fizeram acreditar em algo apenas pelos gestos ou pelo olhar!!!
Sendo eu do sexo feminino e tendo eu recebido um sms com o texto acima mencionado concluiriamos que foi alguém do sexo oposto que ma enviou... pois bem, enganam-se redondamente e, para os que já estão a ficar excitados a imaginar duas mulheres com 28 e 30 anos na mesma cama em badalhuquices, podem acabar de ler o post mesmo aqui.
Quando era mais nova tinha uma melhor amiga com a qual dormia todos os fins-de-semana.
Ficávamos horas a falar dos tipos de quem gostávamos e a fazer planos para o futuro... depois... passei a dormir com os meus namorados às escondidas... mais tarde saí de casa e passei a dormir durante 5 anos com o meu último namorado... há mais de um mês que durmo no escritório numa cama de corpo e meio e, de vez em quando, durmo em casa de uma amiga... sim, a famosa amiga que me enviou o sms.
Pergunto eu:
- Somos mesmo animais de hábitos que, tão facilmente nos habituamos a dormir sózinhos como a dormir acompanhados?
- Estarei a ser ingénua e a minha amiga quer mesmo...
- Estarei a ser perversa e ela apenas gosta da minha companhia mesmo em pleno Verão em que não é necessário nada nem ninguém para nos aquecer os pés...
Enfim... o melhor é arranjar rapidamente um refúgio!
Ah... se entretanto acontecer algo com a minha amiga... esqueçam... nunca irei relatar no blog:)
Quando os teus colegas de trabalho te convidarem para ir ao cinema, certifica-te que o filme que te propuseram a ver está mesmo em exibição. Caso contrário, corres o sério risco de constactar 15 minutos antes, que o filme já não está em exibição e sujeitares-te a ver um outro filme que vá passar naquele mesmo horário.
Pois que, depois de alguns anos de experiência de vida, todos deveriamos ter desconfiado e pensado que filme francês, com o nome de Lady Chatterley, às 21.45 a uma quinta-feira não seria uma boa aposta...
A vida daquela Lady, era tão enfadonha que a senhora teve que arranjar algo para se entreter no meio de tanto verde dos bosques e, vá de se encontrar na cabana com o subordinado com os pretextos mais básicos.
A verdade é que, como tanta coisa na vida, era óbvio o que se iria suceder, e foi aí que me arrependi de ter bebido um café antes de entrar naquela sala de cinema, e foi aí que o climax (no verdadeiro sentido da palavra) do filme começara e eu nem queria acreditar que aquilo era o melhor do filme. Esperem, o melhor do filme se calhar fui eu que não fui capaz de ver: as paisagens, as florinhas, as chuva nas folhinhas, a neve, os passarinhos... e de vez em quando a "beleza dos corpos nús"(?).
Não podemos deixar de frisar o à vontade da Lady para, depois de uma tarde na cabana, voltar para casa e servir serenamente o cházinho ao seu esposo que beijava na face.
Só faltava, como banda sonora, a célebre música do Marco paulo: "Uma Lady na mesa... uma louca na cama".
E ao fim de DUAS HORAS E MEIA de filme, uma pessoa volta para casa e não tem ninguém para dizer:
"- Vien ici... je t'aime!"
No dia Mundial da criança deveria ser possivel comportarmo-nos como tal.
Se fosse possivel, passaria a manhã a ver desenhos animados tomava ao pequeno almoço aquelas carcaças frescas que a minha mãe trazia do minimercado e acompanhava com iogurtes naturais da Yoplait.
O resto dos dia o meu irmão estaria a lixar-me a cabeça e eu a fugir dele pela casa.
Passava a tarde na rua a inventar jogos até chegar a hora do jantar.
Não estaria nunca preocupada com as contas para pagar, com as responsabilidades... e o melhor disto tudo seria o facto de nos permitirem sermos crianças nesse dia e não nos descontarem no ordenado:)
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